José Reis Chaves
Sabemos que Jesus é um homem, e respeitamos os que pensam que Ele é também outro Deus absoluto todo-poderoso tal qual o Deus incriado.
Ele assumiu a sua missão de vir ao nosso mundo como enviado de Deus para trazer-nos o evangelho que, ao ser seguido, nos salva ou liberta. E essa missão foi cumprida com muito gosto e amor por Ele. Daí que Ele cresceu muito diante de Deus que o glorificou. E é por isso, também, que Ele é chamado de nosso irmão maior e nosso modelo para a busca da nossa perfeição máxima.
Mas isso não é fácil. E Ele próprio nos ensinou o que devemos fazer para passarmos pela difícil porta estreita que simboliza a salvação. Segundo Ele, muitos querem passar por ela e não conseguem. É que eles não têm ainda méritos para isso. E eu digo que muitos, por enquanto, nem querem passar por essa porta! Mas é claro que esse dia, no futuro, vai chegar para eles também, pois para isso o espírito é imortal e existe a reencarnação.
E eis dois exemplos claríssimos de como se consegue a salvação. Referindo-se ao juízo final, Ele fala nos eleitos ou salvos que terão o mérito para transpor a porta estreita. À direita, ficarão aqueles que tiverem dado de comer a quem teve fome, que vestiram os nus, que visitaram os enfermos etc. E à esquerda ficarão aqueles que não fizeram essas coisas, e que, pois, tomaram bomba ou que ganharam segunda época na escola de aprendizagem e prática do bem que é este nosso mundo. O outro exemplo é o da parábola do bom samaritano, que se enquadra neste seu fundamental ensino: tudo o que fizestes ao menor de todos, isto é, o maior pecador irmão Dele e de nós foi feito a Ele próprio. Esse modo de Jesus falar que o bem e o mal feitos às pessoas foram feitos a Ele mesmo é porque Ele cumpre de modo perfeito o mandamento divino de que nós devemos amar nossos semelhantes como amamos a nós mesmos. Aliás, Ele resumiu os Dez Mandamentos em dois: amar a Deus sobre todas as coisas e ao seu próximo como a si mesmo. “Mestre, qual é o grande mandamento na lei?” Respondeu-lhe Jesus: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Desses dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas” (Mateus 22: 36 a 40). Com esse ensinamento, Jesus nos dá uma síntese de tudo o que devemos fazer para que possamos conseguir a nossa salvação ou libertação. Mais claro do que Jesus diz, só se desenharmos! Mas há religiosos fanáticos que negam isso!
Vejamos outra fala Dele escrita por Lucas: “Porventura não convinha que o Cristo padecesse e entrasse na sua glória?” Lendo essa passagem, sem uma visão preconcebida, entende-se que, primeiro, Ele teria que padecer para só depois, ato contínuo, Ele entrar na sua glória como que se glorificando a si próprio e recebendo uma recompensa pelo seu padecimento. Isso quer dizer que Ele cresceu diante de Deus pela sua missão bem-cumprida. E até nisso, Ele, que como homem que atingiu o máximo de perfeição (Hebreus 5: 9), deixou um exemplo de que nós, igualmente, não devemos medir esforços para cumprir bem a nossa missão, de acordo com a vontade do Pai, para que, em retribuição, recebamos também a nossa glória!
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